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Município de Campinas | |||||
Campinas vista a partir do mirante da Torre do Castelo | |||||
"Cidade das andorinhas" "Princesa d'Oeste" | |||||
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Hino | |||||
Aniversário | 14 de julho | ||||
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Fundação | 14 de julho de 1774 (236 anos) | ||||
Gentílico | campineiro | ||||
Lema | Labore virtute civitas floret "No trabalho e na virtude a cidade floresce" | ||||
Prefeito(a) | Hélio de Oliveira Santos (PDT) (2009-2012) | ||||
Localização | |||||
Localização de Campinas em São Paulo Localização de Campinas no Brasil | |||||
22° 54' 21" S 47° 03' 39" O22° 54' 21" S 47° 03' 39" O | |||||
Unidade federativa | São Paulo | ||||
Mesorregião | Campinas IBGE/2008[1] | ||||
Microrregião | Campinas | ||||
Região metropolitana | Campinas | ||||
Municípios limítrofes | (N) Paulínia, Jaguariúna e Pedreira; (L) Morungaba, Itatiba e Valinhos; (S) Itupeva, Indaiatuba e Monte Mor e (O) Hortolândia e Sumaré | ||||
Distância até a capital | 98 km | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 795,697 km² [2] | ||||
População | 1 080 999 hab. (SP: 3º) - Censo IBGE/2010[3] | ||||
Densidade | 1 358,56 hab./km² | ||||
Clima | tropical de altitude Cwa | ||||
Fuso horário | UTC-3 | ||||
Indicadores | |||||
IDH | 0,852 (SP: 8°) - elevado PNUD/2000[4] | ||||
PIB | R$ 29 363 064,180 mil (BR: 10º - RMC: 1º) - IBGE/2008[5] | ||||
PIB per capita | R$ 27 788,98 IBGE/2008[5] |
Campinas é uma metrópole brasileira, localizada no interior do estado de São Paulo, sede da Região Metropolitana de Campinas. Localiza-se a noroeste da capital do estado, distando desta apenas 87 quilômetros. Ocupa uma área de 795,697 km². Sua população, segundo o Censo 2010 é de 1.080.999 habitantes.[3]
Décima cidade mais rica do Brasil, o município representa, isoladamente, 0,96% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do país, além de ser responsável por pelo menos 15% de toda a produção científica nacional, sendo o terceiro maior pólo de pesquisa e desenvolvimento brasileiro.[6]
O município é formado pela cidade de Campinas e por quatro distritos: Joaquim Egídio, Sousas, Barão Geraldo e Nova Aparecida. É a terceira cidade mais populosa do estado de São Paulo, ficando atrás, somente de Guarulhos e da capital paulista. Sua região metropolitana é constituída por 19 municípios e conta com 2.798.477 habitantes[3] , o que a torna a nona mais populosa do Brasil.
Campinas faz parte do chamado Complexo Metropolitano Expandido que ultrapassa os 29 milhões de habitantes, aproximadamente 75% da população do estado inteiro. As regiões metropolitanas de Campinas e de São Paulo já formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul, unindo 65 municípios que juntos abrigam mais de 12% da população brasileira.[7]
Índice[esconder] |
O primeiro nome de Campinas foi Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Campinas de Mato Grosso, devido à floresta densa e inexplorada que caracterizava a região. Era passagem obrigatória das Missões dos Bandeirantes que iam para as minas de ouro no interior.
Mapa da cidade de 1878.
Campinas esteve ligada a Jundiaí, no período de 1774 (Freguesia) a 1797 (desmembramento). Jundiaí é a "cidade mãe de Campinas".O povoamento teve início entre 1739 e 1744 com a vinda de Taubaté do Capitão Francisco Barreto Leme do Prado. Em 14 de julho de 1774, numa capela provisória, foi celebrada a primeira missa oficializando a fundação da Freguesia Nossa Senhora de Conceição de Campinas. Em 1797 é elevada à categoria de vila e altera o nome para Vila de São Carlos, e finalmente em 5 de fevereiro de 1842, já com 2.107 habitantes e cerca de quarenta casas, foi elevada à categoria de cidade com o nome de Campinas. Ficou conhecida como cidade-fênix, por seu renascimento após o surto de febre amarela que devastou mais de 30% da população no início do século XX.
A agricultura teve papel de destaque na história da cidade, que se aproveitou do fértil solo de terra roxa. A primeira cultura agrícola da cidade foi a cana-de-açúcar, logo suplantada pelas lavouras de café. Em pouco tempo, a economia cafeeira impulsionou um novo ciclo de desenvolvimento da cidade. Nesse período (segunda metade do século XVIII), a população de Campinas concentrava um grande contingente de trabalhadores escravos e livres, empregados em plantações e em atividades produtivas rurais e urbanas. Em 1872, graças ao plantio de café e a construção da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, Campinas passa a ser uma das maiores cidades do Brasil.
Com a crise da economia cafeeira, a partir da década de 1930, a economia de Campinas assumiu um perfil mais industrial e de serviços. A cidade então recebeu imigrantes provenientes de todo o mundo (destacando-se a imigração italiana), atraídos pela instalação de um novo parque produtivo.
Entre as décadas de 1970 e 1980, a cidade praticamente duplicou de tamanho, por conta de fluxos migratórios internos. Devido o seu grande progresso também ficou conhecida como a "Princesa d'Oeste", referência esta por estar a oeste da capital do estado.
Com a construção de grandes rodovias como a Rodovia Anhanguera (1948), a Rodovia dos Bandeirantes (1978), a Rodovia Santos Dumont (década de 1980), a Rodovia Dom Pedro I, Rodovia Governador Ademar de Barros, a Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença e a Rodovia Professor Zeferino Vaz (ou Tapetão), que é o principal acesso à REPLAN (Refinaria do Planalto Paulista), Campinas consolidou-se como importante entroncamento rodoviário.
Também se destacam um moderno parque industrial e tecnológico - fruto de um plano de instalação de "tecnopolos", e renomadas instituições de ensino superior, como a Universidade Estadual de Campinas e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Também é em Campinas que se localiza o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD).Campinas também é provida de uma unidade da Fundação Getúlio Vargas - FGV.
A partir de 1998, a cidade vem assistindo a uma mudança acentuada na sua base econômica: perde importância o setor industrial (com a migração de fábricas para cidades vizinhas ou outras regiões do país), e ganha destaque o setor de serviços (comércio, pesquisa, serviços de alta tecnologia e empresas na área de logística).
No limite do horizonte, vê-se a Serra do Japi a partir do mirante da Torre do Castelo, Região Norte de Campinas.
Campinas localiza-se em uma área de transição entre o Planalto Atlântico Paulista (região leste) e a Depressão Periférica (região oeste), com relevo bastante ondulado e poucas áreas planas.[8] O lugar mais alto da cidade está próximo ao Observatório Municipal Jean Nicolini,[9] localizado na Serra das Cabras, no distrito de Joaquim Egídio, a uma altitude de 1033m.[10] Dentro do perímetro urbano, entretanto, a região mais alta está no Jardim São Gabriel, a 780m de altitude.[11] A menor altitude se verifica na região do Parque Itajaí, próximo ao Rio Capivari, a 555m.
A sua Região Metropolitana está cercada por Serras,a Serra da Mantiqueira, do Japi e a Serra das Cabras.
Campinas abriga a Área de Relevante Interesse Ecológico Santa Genebra, de 251 hectares, criada em 1985 e regulada pelo IBAMA, Prefeitura de Campinas e Fundação José Pedro de Oliveira. A cidade também apresenta grandes bosques, como o Bosque dos Jequitibás (instalado em 1881), Bosque dos Alemães e Bosque dos Guarantãs.
Campinas durante uma tempestade.
O clima de Campinas é tropical de altitude, com temperatura média anual de 22,3 °C,[12] total pluviométrico anual de 1.411 mm, predominância de chuvas entre novembro a março e com estiagens médias de 30 a 60 dias entre os meses de julho e agosto. Estiagens agrícolas podem chegar a 120 dias. É possível haver geadas, entretanto, as últimas geadas ocorridas na cidade foram em 17 e 18 de julho de 2000, quando se atingiu 1,6 °C e 2,2 °C, respectivamente.[13] Os dados da tabela a seguir representam as médias entre 1988 a 2003 pelo Cepagri da UNICAMP:[14]
[Esconder]Médias de temperatura do ar e precipitação para Campinas | |||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima registrada (°C) | 36,2 | 35,6 | 35,0 | 34,1 | 32,0 | 31,0 | 32,0 | 34,4 | 37,6 | 37,4 | 36,8 | 36,0 | 37,6 |
Temperatura máxima média (°C) | 29,7 | 30,0 | 29,9 | 28,5 | 25,5 | 24,8 | 24,8 | 27,2 | 27,8 | 29,1 | 29,3 | 29,6 | 28,0 |
Temperatura mínima média (°C) | 19,8 | 19,9 | 19,6 | 17,6 | 14,5 | 12,9 | 12,3 | 13,8 | 15,8 | 17,6 | 18,3 | 19,1 | 16,8 |
Temperatura mínima registrada (°C) | 14,0 | 14,2 | 15,0 | 7,0 | 4,0 | 0,0 | 2,0 | 5,0 | 5,6 | 9,4 | 10,9 | 11,6 | 0,0 |
Precipitação (mm) | 280,3 | 215,9 | 162,3 | 58,6 | 63,3 | 35,4 | 43,3 | 22,9 | 59,5 | 123,5 | 155,6 | 203,9 | 1 424,5 |
Fonte: [15] 28 de Julho de 2010. |
Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição.
Segundo o Censo do IBGE, em 2010 o município de Campinas possui 1 080 999 habitantes, sendo o terceiro município mais populoso do estado e o maior do interior paulista[3], com uma densidade demográfica de 1.358,6 hab./km².[3]. Além disso, outros dados do Censo, destes 1 080 999, 521 209 (48,22%) são homens e 559 970 (51,78%) são mulheres; e também 1 062 453 (98,28%) moram na zona urbana e 18 546 (1,72%) moram na zona rural. Ainda segundo o instituto, em 2000 a taxa de fecundidade na cidade era de 1,78 filhos por mulher e a população da cidade era composta por: brancos (74,0%), pardos (18,4%), pretos (5,6%), amarelos (0,9%) e indígenas (0,2%).
A cidade é sede da Arquidiocese de Campinas, erigida em 7 de junho de 1908. A arquidiocese é responsável territorialmente pelas paróquias dos municípios de Elias Fausto, Hortolândia, Indaiatuba, Monte Mor, Paulínia, Sumaré, Valinhos e Vinhedo, e também pelas dioceses sufragâneas de Amparo, Bragança Paulista, Limeira, Piracicaba e São Carlos. Desde 2004, Dom Bruno Gamberini é o Arcebispo Metropolitano de Campinas.
Em 2008 a Arquidiocese comemorou seu centenário de criação.
Palácio dos Jequitibás, prefeitura de Campinas.
Atualmente o prefeito da cidade é Hélio de Oliveira Santos (reeleito no 1º turno nas eleições de 2008)(PDT). O presidente da câmara municipal é o vereador Aurélio José Cláudio (PDT).
O projeto das cidades-irmãs visa facilitar o acesso a informações, troca de experiências e construção de projetos de cooperação internacional nas mais diferentes áreas, como educação e saúde. Campinas possui oficialmente as seguintes cidades-irmãs:[16]
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O município de Campinas possui além das subprefeituras dos seus 4 distritos, 14 administrações regionais, todas listadas a seguir, com os principais bairros da região a qual atende:
Campinas é a cidade mais rica da Região Metropolitana de Campinas e a 10ª cidade mais rica do Brasil, exibindo um produto interno bruto (PIB) de 27,1 bilhões de reais (2007),[5] que representa 0,96% de todo o PIB brasileiro.[17] Atualmente a cidade concentra cerca de um terço da produção industrial do estado de São Paulo [carece de fontes?]. Destacam-se as indústrias de alta tecnologia e o parque metalúrgico, sendo considerado a capital do Vale do Silício Brasileiro.
Modernos edifícios na Avenida José de Sousa Campos.
A região abriga mais de 10.000 empresas de médio e grande porte, muitas das quais entre as 1.000 maiores e melhores do Brasil, segundo a revista Exame, tais como Honda, Toyota, Unilever, Mann, 3M do Brasil, Sherwilliams, Bosch, Pirelli, Dell, IBM, Amyris Biotech, BASF, Dow Química, Villares, SEMESA, Ericsson, Singer, Goodyear, CPFL, Elektro, DPaschoal. Sotreq. Valeo, Rigesa, International Paper, Nortel, Lucent, Samsung, Motorola, Medley, Cristália, Romi, Tenneco, General Electric, Texas Instruments, Mabe, EMS Farma, MSD Farma, Altana, Solectron, Magnetti Marelli, Amsted Maxion, Eaton, Galvani, Selmi, Nutron, AmBev, Caterpillar, Bombardier, Atento Brasil, ACS, Dedic, CAF e muitas outras. O pólo petroquímico é centrado em Paulínia, a poucos quilômetros de Campinas, junto à Refinaria do Planalto Paulista da Petrobrás (Replan), a maior do Brasil uma das maiores da América Latina, e tem empresas como Dupont, Chevron, Shell, Exxon, Grupo Ipiranga, Eucatex, Rhodia, e outras. Tem o maior aeroporto de carga de importação/exportação, e que é o hub das empresas Azul e Trip. As maiores empresas tem um faturamento global de mais de 80 bilhões de dólares, maior do que muitos países latino-americanos
A cidade é também um importante e diversificado centro comercial, possuindo dois dos maiores shopping center do país: O Shopping Iguatemi de Campinas e Shopping Parque Dom Pedro. Possui, em sua área metropolitana, o Aeroporto Internacional de Viracopos, que se destaca no transporte internacional de cargas.
Entrada do campus da Unicamp no distrito de Barão Geraldo.
Cursos presenciais:
Cursos metodologia de Educação à Distância (EAD):
Desde 1959, a cidade de Campinas é a sede da única escola de formação de Cadetes do Exército Brasileiro, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Oferecendo o 3º ano do Ensino Médio integrado à formação militar, a EsPCEx prepara os futuros cadetes da AMAN, que após 4 anos de estudos naquela Academia se graduam com o posto de Aspirante a Oficial.
Fotografia panorâmica do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, no Distrito de Barão Geraldo.
Campinas é conhecida nacionalmente como um importante centro de produção e difusão de conhecimento tecnológico de ponta, (juntamente, no estado de São Paulo, com São José dos Campos e São Carlos). Sua região metropolitana abrange parte de uma área que é considerada o "Vale do Silício" brasileiro e um cinturão tecnológico do estado. Isso fez da cidade uma alternativa para investimentos no país.
Embora a história que ligue Campinas à tecnologia remonte a mais de cem anos (Campinas foi a terceira cidade do mundo a adotar a tecnologia do telefone, em 1883, após Chicago e Rio de Janeiro quando foram instalados 57 aparelhos,[18] o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) foi fundado por Dom Pedro II, em 1887), a cidade ganhou um grande impulso com a estruturação do campus da Unicamp, iniciada em 1962. Foi depois da construção do campus que se instalaram em Campinas instituições como o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI - antigo CenPRA) e, recentemente, o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron.
O município é o terceiro maior polo de pesquisa e desenvolvimento do Brasil, responsável por pelo menos 15% da produção científica nacional - segundo dados de 2010.[6] A seguir, algumas das principais instituições de ensino, pesquisa e sociedades científicas da cidade.
Instituto Agronômico de Campinas.
Torre de Controle do Aeroporto Internacional de Viracopos.
O Aeroporto Internacional de Viracopos (IATA: VCP - ICAO: SBKP), localizado no extremo sul do município, é o segundo maior terminal aéreo de cargas do país,[19] abarcando 18,1% do fluxo total de mercadorias nos aeroportos.[19] Atualmente, de cada três toneladas de mercadorias exportadas e importadas no Brasil, uma passa por Viracopos.[19] Constitui uma alternativa aeroviária para a região da Grande São Paulo. Na região norte, localiza-se o Aeroporto Campo dos Amarais (ICAO: SDAM), destinado aos aviões de pequeno e médio porte, assim como o ensino de pilotagem, localizado a cerca de 8 km do centro da cidade.
Em 2010, foi implantado o Corredor Central, um corredor viário que privilegia o transporte coletivo nas avenidas centrais e que modificou o Rótula, sistema implantado em 1996 que colocou as duas pistas das avenidas Anchieta, Orozimbo Maia, Senador Saraiva, Morais Sales e Irmã Serafina com o tráfego no mesmo sentido com a introdução de faixas exclusivas e de faixas preferenciais para os coletivos, acessibilidade nos pontos, sinalização semafórica moderna, etc.
Em função de seu relevo acidentado, Campinas não é uma cidade com condições ideais para a prática do ciclismo. Até o ano de 2006, Campinas não possuía nenhuma ciclovia, somente uma ciclofaixa com aproximadamente 5 km em volta da Lagoa do Taquaral, instalada no início da década de 1990 e ampliada com a conclusão da Praça Arautos da Paz. Em 2006 foram instaladas ciclovias no canteiro central da Avenida Atílio Martini, no distrito de Barão Geraldo, com aproximadamente 1,5 km de extensão e outra ciclovia nos dois sentidos da Estrada dos Amarais.
Desde sua origem como nós urbanos de tropeiros oriundos de Jundiaí e São Paulo rumo a Minas Gerais e Goiás, Campinas é, sem dúvida, um dos maiores entroncamentos de transportes no Brasil inteiro. A cidade é servida por dois aeroportos, ferrovias e nove rodovias, a grande maioria de pista dupla. Sua localização é estratégica, próxima à Grande São Paulo e ao Porto de Santos e com acesso às capitais dos outros estados.
Antiga Estação Ferroviária de Campinas, atual Centro Cultural de Campinas.
Campinas foi um dos maiores entroncamentos ferroviários do estado de São Paulo. Os trilhos da Companhia Paulista chegaram à cidade em 1872. Dali partiam trilhos para o Sul de Minas Gerais (pela Mogiana), para o Interior do Estado e Mato Grosso do Sul (pela Paulista e pela Sorocabana) e duas pequenas linhas extintas: uma para Paulínia (a Funilense) e a outra, para Sousas. Atualmente, as linhas administradas pela Brasil Ferrovias estão reduzidas a poucas viagens diárias de trens cargueiros, com locomotivas movidas a diesel a uma baixíssima velocidade (menos de 30 km/h) e muitos dos antigos leitos de trilhos estão abandonados, invadidos por sem-teto ou servindo de esconderijo para criminosos.
Entre 1991 e 1995 operou em Campinas um transporte de média capacidade sobre trilhos, conhecido por Veículo Leve sobre Trilhos, ou simplesmente VLT. Todavia, devido à diversos erros cometidos em sua implantação, como a ausência de integração com os ônibus e uma estação central em posição desvantajosa, a operação comercial foi deficitária, e o serviço descontinuado.
A médio prazo é imprescindível que o projeto do VLT seja retomado e ampliado pelos governos, pois uma boa malha de transporte sobre trilhos resolveria parte dos problemas que Campinas enfrenta com a poluição e congestionamentos oriundos de uma frota crescente. Entretanto, a estrutura física do VLT foi retirada, desmanchada ou vandalizada e até 2008 continua sem uso. Há projetos para a utilização do leito para corredores de ônibus; contudo, nada foi apresentado até março de 2009, quando o prefeito Hélio de Oliveira Santos apresentou um projeto de VLP[20] que utilizará parcialmente o leito abandonado do VLT. A implantação do projeto está indefinida em função da necessidade de aprovação dos recursos.
Novo terminal rodoviário de Campinas. Complexo Viário Túnel Joá Penteado.
O Terminal Multimodal Ramos de Azevedo é a principal estação de transporte intermunicipal e interestadual da cidade de Campinas. Foi construído para substituir o antigo terminal rodoviário da cidade - a Estação Rodoviária Dr. Barbosa de Barros - em função da degradação, da falta de espaço e de condições para a operação das linhas, principalmente em horários de pico e vésperas de feriados.
A cidade conta com aproximadamente duzentas linhas de ônibus urbano (gerenciadas pela EMDEC) e cem linhas de ônibus metropolitanos e intermunicipais (gerenciadas pela EMTU-SP). O sistema municipal de transporte coletivo - Intercamp - pretende reduzir a competição entre os concessionários (também denominados perueiros) e as empresas de ônibus (duas empresas - VB e Onicamp - e dois consórcios - Concicamp e Urbcamp). Existem 5 terminais abertos (Itajaí, Shopping Iguatemi, Shopping Dom Pedro, Central, e Mercado) e 6 terminais fechados (Barão Geraldo, Nova Aparecida, Campo Grande, Vila União, Ouro Verde e Vida Nova), além de algumas estações de transferência implantadas (Cidade Judiciária, Abolição, PUC) e em outras que estão em implantação, sem data definida.
A cidade é um dos maiores entroncamentos rodoviários do país, nela passando diversas rodovias. Algumas das mais importantes para a cidade são:
Anel viário de Campinas em sua totalidade
██ Trecho leste (SP-83)
██ Trecho sul (em projeto)
██ Trecho oeste (SP-348, SP-102/330, SP-330)
██ Trecho norte (SP-65)
Rodovia dos Bandeirantes, na altura do trecho de Campinas. Rodovia Dom Pedro I.
Teatro Municipal Castro Mendes.
A cidade sempre teve uma posição destacada no Estado de São Paulo, com grande produção e recursos culturais. Conta com três teatros municipais, com a Orquestra sinfônica da cidade (fundada em 1974, durante as festividades do bicentenário da cidade e considerada uma das três melhores do país, ao lado da OSESP e OSB), vários grupos de música erudita, corais, 43 salas de cinema, dezenas de bibliotecas (uma delas municipal), galerias de arte, museus, editoras de destaque nacional (Komedi, Papirus, Verus, Autores Associados, Unicamp), etc. A vida cultural é variada e intensa, especialmente na música popular.
Nas últimas décadas do século XIX, antes de Campinas ser devastada pela febre amarela, seu povo nutria uma rivalidade com São Paulo e aspirava a um estilo de vida europeu. Não era difícil ouvir expressões como "Campinas über alles". Um escritor local, Eustáquio Gomes, explorou essa situação em seu romance "A Febre Amorosa".
A cidade posava de capital agrícola da província e dizem que a febre veio por pura mandinga paulistana. Nossos concidadãos eram tão altivos e orgulhosos que na rua se comportavam como desconhecidos só para se darem a impressão de habitar uma cidade grande. No estrangeiro, quando interrogados, respondiam em primeiro lugar que eram campineiros, só depois condescendendo em declarar que eram paulistas, e a muito custo admitindo que eram brasileiros. Com a praga republicana, que aqui vicejou como capim, alguém chegou a lançar a ideia de uma República dos Estados Unidos de Campinas. |
É a terra natal de Antônio Carlos Gomes, famoso compositor de óperas na Itália do século XIX, com obras como O Guarani, Fosca e O Escravo. Santos Dumont também morou um tempo em Campinas e estudou no Colégio Culto à Ciência. Também nasceram em Campinas o escritor Guilherme de Almeida e o quarto presidente da República, Campos Sales.
Fachada do Estádio Moisés Lucarelli. Estádio Brinco de Ouro da Princesa (canto inferior direito).
Na cidade de Campinas, encontram-se três equipes de futebol: Ponte Preta, Guarani, e o Red Bull Brasil. As duas primeiras equipes citadas realizam o "Dérbi Campineiro", partida que é considerada uma das mais tradicionais do Interior do estado.
Os principais estádios existentes na cidade são:
Campinas possui tradição também nos Jogos Abertos do Interior. Por quatro vezes, a cidade foi sede da competição (1939, 1945, 1960 e 1994), e por dez vezes, a cidade saiu-se como a campeã da competição (1939, 1955, 1956, 1958, 1960, 1971, 1974, 1975, 1978 e 1979), sendo a quarta cidade que mais vezes ganhou a competição.
Panorama da cidade de Campinas.
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